Líder de facção mandatário em presídios do Amazonas é preso, em Maceió

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (FICCO/AM) deflagrou, nesta quinta-feira (3), a 4ª fase da Operação Torre, com o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão na cidade de Maceió, em Alagoas.

Foi preso, Ulisses Maquiné dos Anjos, conhecido no mundo do crime por ‘cabeça branca’ – apontado como um dos principais responsáveis pela logística interna da facção criminosa que atua no Amazonas.

A ação tem como foco desarticular a estrutura de comunicação e comando instalada por uma facção criminosa dentro do sistema prisional do Amazonas e contou com a participação da Secretaria de Estado e Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) – por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai).

Segundo as investigações, ele exercia um papel de “gerente” da organização criminosa, sendo o elo direto entre os presos e o alto escalão da facção, repassando ordens, promovendo articulações criminosas e facilitando a entrada e distribuição de recursos ilícitos dentro das unidades prisionais.

A facção investigada exerce forte influência dentro do sistema prisional amazonense, onde impõe suas próprias regras, mantém rígido controle sobre os internos e garante canais ativos de comunicação com criminosos fora da cadeia.

As ordens oriundas do presídio são frequentemente utilizadas para coordenar ações criminosas nas ruas, o que agrava ainda mais a violência urbana no estado.

A operação foi realizada em conjunto com a Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas, destacando mais uma vez a importância da cooperação interestadual no enfrentamento ao crime organizado.

A FICCO/AM é composta por diferentes forças de segurança, incluindo Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Administração Penitenciária, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência e a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social.

A atuação integrada desses órgãos visa combater de forma mais eficiente o crime organizado e as facções criminosas que atuam tanto dentro quanto fora do sistema prisional.

A investigação que motivou esta fase da Operação Torre busca não apenas identificar os líderes da facção, mas também mapear toda a rede de apoio logístico e financeiro que mantém as atividades da organização.

O avanço das fases anteriores da operação tem revelado o grau de sofisticação da atuação criminosa dentro das prisões e a necessidade urgente de ações estratégicas e coordenadas entre os entes de segurança pública.

As investigações seguem em andamento, e novas fases da operação não estão descartadas.

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