AGRICULTORES E MORADORES COBRAM VEREADORES E PREFEITO DE MANAUS A MANTEREM SEU VERDADEIRO PAPEL CONSTITUCIONAL

MANAUS (AM) – Apesar de saberem que o vereador é o agente político mais antigo do país, e que as tribuições do mesmo vão além da criação de leis, agricultores da Bacia do Rio Negro criticarem, nesta quarta-feira, 11, a falta de intermediação da Câmara no encaminhamento de reivindicações à Prefeitura.  

Ao  “Portal Nortão”, interlocutores da agricultura familiar acreditados nas comunidades do São João do Tupé, Acural (ex-Ramal do Abelha) e Santa Maria, além dos arredores do Tarumã-Açu e Mirim, na Grande Manaus informaram que, “desde o início da atual legislatura, nenhum ou quase nenhum vereador, apareceu nas comunidades rionegrinas”.  

Os que aparecem, segundo lideranças locais,  “anotam nossas reivindicações, nunca mais dão caras aqui nem dão respostas nem solução”, se queixam membros da diretiva da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade ACURAL (veja vídeo).  

Nesse povoado, a 30 minutos de embarcação da Capital manauara, um vereador descendente germânico “esteve aqui, prometeu transformador, luminárias e outros benefícios, e nunca mais retornou às comunidades”.  

O parlamentar, à época, foi informado da obstrução da estrada que dar acesso  à escola e à Casinha de saúde da comunidade (posto de saúde) por uma moradora de Manaus. A Associação, sentindo-se abandonada, denunciou o fato ao Ministério Público do Estado e Federal (MPE-MPF) e obteve decisão à desobstrução de uma cerca, mas, a acusada não foi encontrada pelo Oficial de Justiça.  

Na Comunidade São João do Tupé a questão é com ameaças atribuídas a um bando composto de vândalos que passou a expulsar à bala moradores antigos da região da Bacia do Rio Negro. O caso, também, aguarda manifestação do Judiciário para providências.  

Na Comunidade de Santa Maria, um das densamente povoadas, as queixas em contra a suposta má atuação de vereadores da Capital “é com o avanço da grilagem” atribuída a imobiliárias oriundas da antiga Praia Dourada, Marina do David e Tauá, na zona Oeste de Manaus.  

TRISTE HISTÓRICO

Em várias décadas de atividades, só agora, entre os anos 2019-22-23, a Câmara Municipal passou a ser criticada com maior veemência, graças a intervenção de terceiros em apoio aos agricultores da Bacia do Rio Negro que se julgam “abandonados pelo poder público”.  

Não é de hoje que, os benefícios anunciados pelo Governo (Municipal, Estadual e Federal) às comunidades ribeirinhas atingidas pela estiagem ou avalanches causadas por fenômenos naturais, “não chegam a seu destino” – como programado nos Planos Plurianuais e do Orçamentos de Governo.   

Por conta da ausência quase total de vereadores e do prefeito das comunidades da Bacia do Rio Negro, agricultores com maior grau de escolaridade, lembraram que, “em uma época, vereadores e prefeitos foram impedidos de exercer suas funções”. No Estado Novo, Getúlio Vargas, durante oito anos, entre 1937 e 1945, mudou a Constituição e acabou com os poderes Legislativo e Executivo. 

O vereador, o mais antigo agente político do país, começou a atuar em 1532. Com isso, os agricultores rionegrinos indignados lembram à integrantes da Câmara de Manaus que são “os principais intermediários entre o povo e o Executivo”.  

– O vereador elabora as leis que orientam o crescimento das cidades e das comunidades, além de fiscalizar as ações dos governos nos planos federal, estadual e municipal”, acrescenta indígena com formação em Pedagogia na Universidade nacional de Brasília (UNB-DF), da etnia Paumari e Baré.   

Ato contínuo, a agricultora e pedagoga Auxiliadora Castro – que teve a propriedade da família incendiada por vândalos, em 27 de agosto deste ano , devido a inércia da Câmara, lembra, no entanto, que, “em 2024, haverá novas eleições e agricultores estarão ainda mais fortes”. Segundo ela, “podemos eleger um jovem prefeito e vereadores não carreiristas.  

XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, Televisão e Repórter Fotográfico.    

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