POVOS INDÍGENAS AMAZONENSE DO PURUS FAZEM APELO POR ALIMENTOS, REMÉDIOS E INFRAESTRUTURA DAS ALDEIAS

BERURI(AM) – Apresentando sinais de desnutrição e debilidade indígenas Apurinã, Jamamadi e Mura da mesorregião amazonense do Purus, fizeram nesta quarta-feira, 11, um apelo dramático para que o Governo instale uma frente de ajuda humanitária de urgência, nesta parte do Estado.

No caso destas etnias, com a estiagem e o avanço de planos de manejo de pescado considerado ilegais, “estamos com nossas crianças e idosos à beira da desnutrição” por conta da ausência de alimentos tirados dos rios, lagos e das roças, afirma a Cacique Jamamadi, Deusdete Palmeira da Costa, 59.

Segundo o Cacique Joel Soares, “não e só por conta da estiagem e do avanço das terras caídas dos rios e afluentes do Purus que passamos necessidades, agora, em estado extremas de alta necessidade”.

O líder indígena aponta, no entanto, que, “os R$ 38 milhões em ajuda dada ao Governo do Estado às populações atingidas pela estiagem ainda não chegaram, plenamente, às aldeias em alimentos, água potável e remédios”(principalmente do município de Beruri, a 173 quilômetros da Capital manauara).

Para ambos os Caciques (aldeiados), “isso é um grave fator negativo” dos planos de emergência anunciados pelo Vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a Ministra Maria Silva (REDE), em Manaus.

No caso dos Apurinã, Jamamadi e Mura aldeados nas microrregiões do município de Beruri, até onde o “PORTALNORTAO” soube, após se deslocar até lá, “a ausência de alimentos, não é só fruto da estiagem e da tragédia ocorrida no Povoado do Arumã, não”.

A reportagem deste portal de veiculação de notícias comprovou que, “essa situação decorre, também, da ausência quase total da Comissão Técnica Local (CTL) da FUNAI, em Manacapuru, a cinco horas de embarcação de Beruri.

Segundo dados extra-oficiais, alimentos, remédios, médicos, enfermeiros e infraestrutura nas aldeias sempre foram o calcanhar de Aquiles dos indígenas”e nem sempre acontece de forma permanente, afirmam os Caciques preocupados, também, com o avanço da fome, desnutrição de crianças, idosos e da escassez de água potável

Eles afirmam, ainda, que, a não manifestação do Coordenador Regional da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Emilson Munduruku, aos ministros da Justiça, Flávio Dino, dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, Meio Ambiente e Controle do Clima, Marina Silva e à presidente da FUNAI, Jôênia Wapichana, “hoje, estamos diante de uma nova e gravíssima crise humanitária”.

Além do avanço das quedas das encostas dos rios e afluentes do Purus – por conta do fenômeno conhecido como “terras caídas “que varreu do mapa a comunidade do Arumã – , “se sabe que isso decorreria da alteração do meio ambiente, na qual garimpos ilegais na região do entorno das aldeias dos rios Purus, Madeira, Rio Negro, Solimões, Vale do Jamari e Baixo Amazonas, “degradam a mata e com isso afastam a possibilidade de caça e pesca dos peixes”, garantem os consultores João Roberto Soares e Altanira Ulchôa, ouvidos pelo portalnortao.com”.

XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, Televisão e Repórter Fotográfico.  

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