Preso amigo de padre pedófilo que ajudou adolescente a fazer aborto no Amazonas

Homem estava foragido desde o início da operação no domingo (18) e teve o mandado de prisão preventiva cumprido nesta quinta.

Francisco Rayner Barros de 34 anos, amigo de um padre suspeito de pedofilia, que ajudou uma adolescente, vítima do religioso, a realizar um aborto em Coari, no interior do Amazonas, foi preso na tarde desta quinta-feira (22).

As investigações indicam que pelo menos quatro adolescentes foram abusadas sexualmente pelo padre, que foi preso no domingo (18). Com ele foram apreendidos mais de R$ 30 mil, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas, segundo a polícia.

Segundo a polícia, a adolescente era abusada sexualmente pelo padre desde os 14 anos e foi vítima de vários crimes. Em decorrência do estupro sofrido, ela chegou a engravidar do religioso.

“Esse homem foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa dele e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima”, explicou Barradas.

O homem estava foragido desde o início da operação no domingo (18) e teve o mandado de prisão preventiva cumprido nesta quinta. Ele responderá pelo crime de aborto e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.

Prisão do padre

Durante a prisão do religioso, ocorrida no domingo, na igreja onde exercia a função de pároco, os investigadores encontraram ele na cama com uma jovem que tinha acabado de completar 18 anos, o que significa, de acordo com a polícia, que ele mantinha relações com essa jovem desde quando era menor de idade.

Além de manter relações com a vítima, ele solicitava que ela trouxesse amigas para que todos participassem de relações sexuais em conjunto, apontou a polícia.

“Foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie no quarto dele, além de mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas. Todo o material vai ser analisado pela perícia, juntamente com o notebook dele’, relatou o delegado.

Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam, pois há a possibilidade de que outras pessoas estejam envolvidas. Depoimentos de testemunhas indicaram que o padre aliciava outras pessoas.

Considerando todos esses elementos, os alvos investigados irão responder por omissão de assistência a crianças e adolescentes, com penas que variam de 6 meses a 3 anos de detenção, estupro de vulnerável.

Além dos Art. 125 do Código Penal (CP), que trata do abortamento realizado por terceiro com pena de reclusão de 1 a 3 anos; e no Art. 147 que define o crime de ameaça combinado com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

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