Operação Linhagem: veja envolvidos no esquema milionário de drogas e lavagem de dinheiro

As ações da Operação Linhagem se concentraram em Manaus, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Santo Antônio do Içá.

O  portalnortao teve acesso aos nomes dos suspeitos envolvidos em uma organização criminosa que movimentou cerca de R$ 362 milhões em atividades ilícitas nos últimos três anos em Manaus. A PF realizou a Operação Linhagem para tirar de circulação o grupo que atuava com ex-vereadores e policiais civis no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

São eles:

  • Radson Alves Souza – ex-vereador de Tonantins
  • Antônio Pereira Bentes Filho – Policial Civil
  • Eder Silva de Oliveira – Policial Civil
  • Rodolfo Ferreira de Magalhães – ex-vereador e tio de Ricardo
  • Fabrício Marques Queiroz – empresário e utilizado como laranja no esquema
  • Edson Francisco Alves, o ‘Bigode” – intermediador do tráfico
  • Suziane Gomes Fermin – esposa de Edson e responsável – por receber as transações de laranjas
  • Vivaldo Gonçalvez de Souza – pai de Edson – responsável por transações de valores entre empresas
  • Josekson da Silva – laranja e prestador de serviços
  • Edson Souza – irmão do ex-vereador
  • Taciane Nascimento de Oliveira – secretária de Radson Alves Souza ex-vereador de Tonantins
  • Emile Gomes Lasmar -esposa de Radson
  • Ricardo Golveia Magalhães – empresário
  • Adriana dos Santos Figueiredo – namorada de Ricardo e dona da Torneadora Manauara – no bairro Cidade de Deus
  • Adomes Ferreira Magalhães – laranja e tio de Ricardo

O grupo utilizava helicópteros e embarcações para transportar drogas e mantinha conexões com traficantes de várias regiões do Amazonas. Também foi constatado o uso de “laranjas”, incluindo esposas e empregadas domésticas, para movimentação dos recursos ilícitos. Parte desse dinheiro pode ter sido destinado ao financiamento de campanhas políticas, o que evidencia a infiltração do esquema em estruturas institucionais.

O ex-vereador de Tonantins, Radson Alves de Souza, que já foi candidato a prefeito pelo MDB em 2020, foi um dos presos durante a ação. Ele é acusado de participar ativamente da organização ao lado de sua esposa, Emile Gomes Lasmar, que teria auxiliado na movimentação de valores ilícitos.

Outro nome de destaque é o do ex-vereador Rodolfo Ferreira de Magalhães, que atuava em conjunto com seu filho, Ricardo Gouveia Magalhães. A investigação aponta que a dupla utilizava empresas de embarcações como fachada para lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas. O esquema contava ainda com a participação de dois policiais civis, Antonio Pereira Bentes Filho e Eder Silva de Oliveira, suspeitos de facilitar as operações criminosas.

O núcleo familiar da organização tinha em Edson Francisco Alves de Souza, conhecido como “Bigode” ou “Pequeno”, um de seus principais operadores. Irmão do ex-vereador Radson, Edson atuava como intermediário do tráfico e contava com a ajuda da esposa, Suziane Gomes Fermin, para gerenciar as transações financeiras ilegais. O pai de Edson, Vivaldo Gonçalves de Souza, também integrava o esquema, sendo responsável por movimentar valores entre empresas.

A operação revelou ainda o uso intensivo de “laranjas” para ocultar as transações ilícitas. Entre eles estão Fabricio Marques Queiroz, Josekson da Silva e Taciane Nascimento de Oliveira, que trabalhava como secretária. Adriana dos Santos Figueiredo, namorada de Ricardo Magalhães e proprietária da empresa Torneadora Manauara, no bairro Cidade de Deus, também foi incluída na lista de investigados.

Os métodos utilizados pela organização incluíam a lavagem de dinheiro por meio de postos de combustíveis e empresas de embarcações, além do controle de contas bancárias de laranjas. A PF investiga ainda a possibilidade de parte dos recursos ter sido utilizada para financiar campanhas políticas, o que demonstra o alto grau de sofisticação e infiltração do esquema.

Com a conclusão desta fase da operação, os investigados agora respondem por crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem ultrapassar 30 anos de prisão caso sejam condenados. A Polícia Federal continua trabalhando para identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa que ainda permanecem em liberdade.

As ações da Operação Linhagem se concentraram em Manaus, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Santo Antônio do Içá, onde os mandados foram cumpridos simultaneamente. A PF destacou a importância da operação para desarticular uma das maiores organizações criminosas atuantes na região norte do país.

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