Manaus – O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) enfrenta sérias acusações de envolvimento em um esquema de caixa 2 que pode lhe custar o mandato e até mesmo sua elegibilidade política para os próximos anos. Junto com sua vice, Maria do Carmo, o parlamentar foi indiciado após a apresentação de provas contundentes, incluindo áudios comprometedores e comprovantes de pagamento direcionados a um colaborador de campanha, evidenciando a existência de recursos não declarados durante as eleições de 2024.
As gravações, que circulam entre as autoridades, mostram um suposto colaborador negociando valores diretamente ligados às despesas de campanha com Maria do Carmo, numa prática considerada ilegal e que contraria a legislação eleitoral. A existência de comprovantes de pagamento não contabilizados agrava ainda mais a situação, dando indícios claros de que os valores utilizados pelo deputado e sua vice não passaram pela prestação oficial de contas à Justiça Eleitoral.
Essas novas provas tornam o cenário ainda mais crítico para Capitão Alberto Neto. O uso de caixa 2, quando comprovado, é considerado uma infração grave, configurando abuso de poder econômico, o que pode levar à cassação do mandato e à perda dos direitos políticos, deixando o deputado inelegível por até oito anos. Fontes próximas ao processo indicam que a análise dos áudios e dos comprovantes de pagamento está avançada, com fortes indícios de irregularidades e uma possível ação de cassação em breve.
A Justiça Eleitoral, por sua vez, se mostra rígida em casos como esse, sobretudo quando há comprovações robustas que envolvem manipulação de recursos financeiros. Para os analistas políticos, a situação de Capitão Alberto Neto é frágil, e o desdobramento do caso pode marcar um impacto significativo em sua carreira política e em sua base eleitoral no Amazonas.
Se condenado, o deputado não só perde o mandato de deputado federal, como também ficará impedido de concorrer a cargos públicos pelo período de até 8 anos.