Em quase 100 anos de história, clube tradicional pode estar envolvido em fraude processual. Ministério Público e Polícia Civil devem ser alertados.
Uma bomba pode estar prestes a explodir no coração do Bosque Clube, em Manaus. Uma denúncia envolvendo suposta fraude documental pode colocar a atual diretoria no centro de uma investigação criminal. Segundo sócios inconformados com a gestão, um documento com indícios de falsidade foi apresentado em juízo, e o caso pode ir parar nas mãos do Ministério Público e da Polícia Civil.
De acordo com os autos nº 01633944-32.2025.8.04.1000, o clube declarou um faturamento anual de apenas R$ 352 mil — um valor que, conforme apontam documentos internos, não condiz com a realidade financeira da instituição, que supostamente movimenta milhões de reais todos os anos.
A artimanha, ainda segundo os denunciantes, teria sido utilizada para permitir que o clube litigasse no 18º Juizado Cível, algo que associações civis só podem fazer se forem enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte. O juiz, ao perceber a inconsistência, questionou a legitimidade ativa do Bosque Clube no processo.
Erro técnico ou fraude deliberada?
A justificativa da diretoria foi um suposto “erro técnico” do contador, que assumiu em fevereiro deste ano. Os advogados afirmam que não houve intenção de enganar a Justiça, mas a narrativa não convenceu parte dos associados, que articulam uma assembleia extraordinária para exigir prestação de contas detalhada.
“Certamente, o profissional deve ter se equivocado nos lançamentos”, disse a assessoria jurídica do clube, tentando minimizar o episódio.
Mas afinal: um erro contábil pode justificar uma movimentação que reduz milhões para R$ 352 mil?
Para muitos sócios, a resposta é clara: não. E é por isso que o caso promete ganhar novos capítulos — e talvez novas provas — nos próximos dias.
Fique ligado. O Portal Nortão vai acompanhar cada passo dessa história que pode revelar o maior escândalo contábil da história do Bosque Clube.
