FEIRANTES DENUNCIAM SUPOSTA FRAUDE EM ELEIÇÃO, ENQUANTO RIBEIRINHOS SOBREVIVENTES DA ESTIAGEM VAZAM ESQUEMA POLÍTICO PARA ENTREGA DE CESTAS BÁSICAS E ÁGUA POTÁVEL

IRANDUBA (AM) – Com o dia do feirante tendo passado em brancas nuvens (25.08), a categoria foi pega de surpresa com a eleição mais polêmica da história política desta cidade, a 32,3 quilômetros da Capital manauara.  

Com seríssimas pendências fiscais e dívidas no Cartório local, a gestão passada da Associação dos Feirantes da cidade de Iranduba vem sendo questionada no âmbito do Judiciário, segundo aos que se opõem à permanência do empresário “Magnata da Feira“.  

Ao Ministério Público do Estado (MPE) adversários da chapa perdedora da última eleição que renovou a diretoria de entidade ainda reclama da falta de transparência do processo eleitoral que, inclusive, permitiu supostos não feirantes voltar pela primeira vez. O fato, conforme associados antigos, “estaria em desacordo com o que diz o Estatuto e o Regimento Interno”.          

Enquanto isso, sob a presidência do técnico em eletrônica “Magnata da Feira“, ao “PORTALNORTAO” fundadores da entidade apontaram supostos vícios no processo eleitoral. Porém, a chapa vencedora “evitaria divulgar a prestação de contas da diretoria passada”- há pendências na Receita Federal e no Cartório de Registro de Títulos e Documentos (RTD).    

Por sua vez, o presidente eleito da Associação dos Feirantes da Cidade de Iranduba (Magnata da Feira) vai se mantendo no cargo à espera da manifestação da Promotoria Pública local. Por outro lado, enfrenta a acusação dos mais antigos de que nunca foi feirante.  

Raimundo Nonato (ex-COSAMA) questiona resulta da eleição para a Associação dos Feirantes.

– E que está na feira com uma lojinha de  conserto de eletrônicos para usufruto politico e dos benefícios referentes aos verdadeiros feirantes”, acrescentaram opositores da chapa que perdeu a eleição.   

A reportagem esteve na Feira da cidade do Iranduba para apurar o caso junto aos feirantes e ao presidente eleito. Porém, “Magnata da Feira” havia se deslocado ao povoado de Vila de Paricatuba, distante da sede do município para tratar de assuntos de sua pré-campanha a vereador em 2024.  

Após um giro entre barracas e boxes da feira local, o “PORTAONORTAO” foi guiado por várias instalações da feira local. O empreendimento, segundo feirantes, ” há anos não tem seus pontos críticos em serviço corrigidos”. A grita geral é com relação aos banheiros, rede elétrica, hidráulica e drenagem”. Além da inércia da Prefeitura em concluir a reforma do anexo na parte eterna do estabelecimento.  

– Nosa feira tem tudo para ser um dos cartões da cidade, aponta um dos feirantes mais antigos sob sigilo da identidade por medo de repesálias políticas. 

Apesar das dificuldades, há consenso entre feirantes e produtores de da região quanto a situação deplorável em que se encontra a feira da cidade. Segundo opinião geral, desfavorável à atual diretiva da entidade, de que, “esse quadro só mudará quando verdadeiros feirantes assumirem a entidade”.  

Membros da chapa de oposição acreditam, o entanto, que, independentemente da manifestação do Promotoria, “advogados consultados que confirmam que houve inobservância das disposições estatutárias vigentes”. E que, ao ser apurada a suspeita de fraude, plenamente, “a eleição apresentaria irregularidades no ato convocatório e de associados não legitimados para realizar a convocação”.  

CRISE E ELEIÇÃO – Diferentemente do cenário político atual, feirantes e produtores, por sua conta e risco, ainda desfrutariam de condições mínimas para exercer e atender a sociedade irandubense”. Segundo pesquisa sobre consumo interno, a eleição de 2024 deve mudar esse cenário – ou ao menos, com o acirramento entre grupos políticos rivais, feirantes e a população devam levar vantagens dessa disputa.  

Do outro lado da cidade, a reportagem encontrou um panorama descortinado e negativo da situação em que se encontram produtores da agricultura familiar advindos dos beiradões para a cidade e à Capital Manaus. A maioria é da Ilha da Paciência, Costa do Baxio, Ilha da Marchantaria, Lago do Limão, Catalão, Jandira e outros. E da região dos ramais que padecem com a estiagem (seca) do verão amazônico.  

– Todos blefados à procura de ajuda e trabalho para romper a estiagem histórica que se abateu sobre cerca de 59 municípios amazonenses, informam dirigentes de sindicatos, associações e cooperativas de agricultores familiares ainda fora dos programas sociais de Governo. 

Esses produtores, ainda não cadastrados pelo Serviço Social e pela Defesa Civil da Prefeitura, seriam classificados como ribeirinhos e nativos de caráter invisível. Ao “PORTAONORTAO”, disseram que as famílias de locais mais distantes encontram dificuldades para receber as cestas básicas do Governo do Estado e Federal.  

Segundo interlocutores entre comunidades ouvidos no último final de semana, “não há uma data certa para a entrega de água potável e alimentos”. A prefeitura, usando critério político, “chega de surpresa e quem não está em casa, fica sem água e sem comida”.  

Escrita por: XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, Televisão e Repórter Fotográfico. Trabalhou em A Notícia, Diário do Amazonas, Jornal O Povo do Amazonas, Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Agência Amazônia de Notícias (DF), em agências da Amazônia e países da SULAMERICA.

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