A capital amazonense amanheceu pela 3º vez consecutiva encoberta por fumaça nesta segunda-feira (12). O projeto do Índice Mundial de Qualidade do Ar. aqicn.org, que aponta a qualidade do ar em várias regiões da Terra, mostrava, ndesta segunda-feira, que a região metropolitanda de Manaus tinha a pior qualidade de ar do Brasil.
Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), alguns bairros da capital amazonense registraram a qualidade do ar considerada “pouco saudável”. A fumaça é produzida por queimadas na região sul do Amazonas e Estados vizinhos.
Desde sábado (10), a capital amazonense enfrenta a poluição e o calor – por outro lado – várias regiões do interior do Amazonas estão experimentando um clima atípico, com temperaturas mais amenas, devido a uma frente fria que avança sobre o Sul e Sudeste do Brasil.
Esse fenômeno, conhecido como ‘friagem’, trouxe alívio para municípios como Lábrea e Boca do Acre, onde as temperaturas caíram significativamente, atingindo mínimas de 15ºC.
O meteorologista Djanir Sales explica que a friagem é causada por uma massa de ar polar que chegou ao Brasil no dia 7 de agosto e deve continuar influenciando o clima no interior amazonense até quarta-feira (14), com os dias 12 e 13 marcando as temperaturas mais baixas no Sul do país.
Apesar da queda de temperatura em municípios distantes da capital, como Coari e Jutaí, Manaus deve permanecer com o clima quente e úmido.
Hoje de acordo com o monitoramento do Índice Mundial de Qualidade do Ar (AQICN), às 8h, a qualidade do ar, no bairro Redenção, zona centro-oeste chega a 171 PM2,5, o que indica uma qualidade do ar ‘pouco saudável’.
Dados do programa ‘Queimadas’, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que em todo o Estado do Amazonas foram registrados 706 focos de queimadas, conforme levantamento realizado desde a última sexta-feira (9), até este domingo (11), com exceção da capital, Manaus, onde não há ocorrência de nenhum foco neste mesmo período.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) orienta as pessoas que observem cuidados básicos nessa situação, como permanecer em ambientes fechados; manter-se bem hidratadas, especialmente crianças e idosos; dirigir carros com vidros fechados e ar-condicionado no mínimo, para evitar a entrada de fumaça; evitar exposição à fumaça em casa e sair só quando necessário.
Conforme a evolução da situação, o município deverá adotar medidas visando resguardar a saúde da população, a exemplo do que ocorreu no ano passado.