Homem é apontado como conselheiro do Comando Vermelho e ‘xerife’ na rebelião que executou desafetos dentro do Compaj.
Eduardo Queiroz Araújo, o ‘Foguinho’, apontado como conselheiro de facção criminosa, foi liberado da audiência de custódia , na quarta-feira (3), em Manaus.
A juíza Rosália Guimarães alegou Eduardo não possui “motivos autorizadores para a conversão da prisão em flagrante delito para prisão preventiva”.
Ele saiu do local sem necessidade de fiança. Foguinho foi preso no bairro Armando Mendes, na Zona Leste de Manaus, na terça-feira (30).
Segundo a polícia, ele é de alta periculosidade.
Histórico de Alta Periculosidade
Foguinho é considerado pelas Forças de Segurança do Amazonas um criminoso de alta periculosidade. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, na terça-feira (30), por volta das 13h, na rua Burrié, 288, Distrito Industrial II, Conjunto Residencial Lula, Zona Leste.
Em 2017, ele foi um dos presos do sistema prisional transferido para presídio federal. Na ocasião, ele integrava a facção criminosa que comandou a chacina dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 60 presos. O grupo ficou conhecido como “xerifes das matanças do Compaj”.
Na terça-feira, quando os policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão, Foguinho entregou uma pistola com carregador e munições, que estavam escondidas no forro da residência.
Durante as buscas no interior do imóvel, foram apreendidos dois aparelhos celulares que também estavam escondidos no forro, outros dois aparelhos que estavam no imóvel, um caderno de anotações e um aparelho DVR. Os policiais deram voz de prisão ao flagranteado.
A operação que prendeu Foguinho envolveu equipes da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência do Amazonas (Seai), e a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), por meio da 25ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Vinícius Almeida, a prisão de Foguinho representa o combate ao tráfico de drogas no estado.“Ele estava coordenando a chegada de drogas não só na cidade de Manaus, mas também o envio dessa droga para outros estados. Digo isso para que a sociedade amazonense entenda a importância desta prisão. Esse é o trabalho que a gente vem fazendo, e temos as agências de inteligência trabalhando muito intensamente, entregando esses produtos para que a Polícia Civil possa realizar prisões eficientes”, afirmou o secretário.
Impacto da Prisão
O Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Guilherme Torres, destacou que o Denarc passou a investigar o suspeito após a Seai ter identificado que “Foguinho” havia reiniciado a movimentação do tráfico de drogas na Zona Leste.
“A prisão de Foguinho é muito importante no combate ao tráfico de drogas. Essa prisão vai impactar diretamente na redução de homicídios na região”, pontuou Torres.
O comandante da 25ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), major Raimar Minori, reforçou que “Foguinho” era um dos principais envolvidos com o tráfico de drogas na localidade, principalmente nos bairros Armando Mendes e Zumbi.
Autuações
Foguinho foi autuado em flagrante pelos crimes de associação criminosa, participação em organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo.