IRANDUBA (AM) – “R$ 7 reais não dá“, foi o que afirmaram passageiros da linha Iranduba-Manaus-Iranduba, nesta quinta-feira, 19, ao demonstrarem insatisfação pelo novo reajuste das passagens neste trecho sob decisão da Prefeitura local.
O valor de R$ 5, ainda assim, “já dói no bolso”, diz o estudante José Inácio de Souza, que usa o transporte coletivo para estudar na Capital Manaus todos os dias. Segundo ele, “atravesso a ponte, diariamente, e não vejo justifictiva para o novo reajuste”.
Como José Inácio, outros usuários do atual sistema operado na cidade e explorado por duas empresas, “ambas não oferecem conforto e a frequência na não higienização dos veículos, com a falta de ar condicionado, já dizem tudo para que a população reaja a mais este absurdo decidido entre empresas e Prefeitura”.
O novo valor começou a ser cobrado no início do mês em curso. Ninguém foi pêgo de surpresa. Cartazes com a nova planilha foram afixados em locais visiveis dentro dos ônibus. Porém, o que chamou a tenção e causou indignação dos usuários, foi o aumento de R$ 2 na catraca.
Ao “PORTAL NORTÃO” cobradores e motoristas disseram que cotinuam sendo interpelados por usuários descontentes com o novo reajuste no preço das passagens. Segundo eles, “não há razão para sermos xingados e humilhados por ninguém durante as viagens”.
Na Prefeitura, no suporte de informações ao público, a reportagem não obteve informações sobre a forma legal para que as empresas tenham sido beneficiadas com o novo reajuste. Nas empresas, por sua vez, ninguém declarou nada a respeito do assunto.
Sob forte protesto de que “R$ 7 não dá e o novo reajuste dói no bolso”, usuários do transporte público no Distrito do Cacau Pirêra, garantiram que “está na hora do povo irandubense sair às ruas para protestar contra o novo aumento no preço das passagens e condenar a inércia da Câmara em ficar em silêncio”.
Este site de veiculação de notícias apurou, porém, que, a população do Cacau Pirêra e adjacências, por não aceitar o novo reajuste, pretende encaminhar pedido de apuratório ao Ministério Público Estadual (MPE) exigindo esclarecimentos sobre a questão legal do aumento.
Para isso acontecer, a maioria confessou que essa manifestação contrária ao novo reajuste das passagens e de outros serviços não prestados, plenamente, por parte do município, “depende de decisões a ser tomadas pelas lideranças conjuntas de todo o município”.
O caso, segundo interlocutores locais, será levado ao conhecimento das bancadas na Câmara de Iranduba, da Assembleia Legislativa e Federal do Amazonas, no Congresso, já a partir destas sexta-feira, 20/10. A o objetivo “é obrigar as autoridades a anular o novo reajuste no preço da passagem de ônibus” disse um dos usuarios indignado com a situação.
OUTRO LADO – Enquanto isso, um grupo de servidores instados pelo “PORTAL NORTAO” assegurou sob a sigilo da identidade, que, “o aumento foi decidido pelo prefeito em reunião com as empresas sem a divulgação de edital, decreto, portaria ou resolução”.
– Pelo menos, ninguém teve acesso a nenhum tipo de publicidade desses documentos, como determina a legislação, acrescentaram eles.
A reportagem buscou, ainda, um servidor da Câmara, que garantiu que, “a Lei Orgânica do Município de Iranduba, prevê o funcionamento do Cosnelho Municipal de Transporte Público, do Consumidor, de Usuários do Transporte Coletivo, de Energia, Meio Ambiente, Agriculura, Cultura, Energia e Água. Ele apontou, também, que “a Câmara não se manifestou sobre o reajuste das passagens”- nem sobre a existência da Comissão Municipal de Transporte Público.
Em Iranduba, a fonte afirmou, ainda, que, dos Conselhos Municipais, o único que teria atos realizados em favor do contribuinte local seriam os Conselho Tutelar (CT),da Educação, de Saúde e o Gestor, este último composto por secretários municipais. Mas, por razões óbvias, “a Prefeitura não divulgaria suas decisões”.
Escrita por: XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, Televisão e Repórter Fotográfico. Trabalhou em A Notícia, Diário do Amazonas, Jornal O Povo do Amazonas, Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Agência Amazônia de Notícias (DF), em agências da Amazônia e países da SULAMERICA.