Seca interdita praia da Ponta Negra

Laudo indica que mergulho fica perigoso na praia quando o Rio Negro fica abaixo dos 16 metros.

A seca severa obrigou a interdição da praia da Ponta Negra de Manaus, principal balneário da cidade. O banho está proibido no local a partir desta segunda-feira (2). Um laudo indica que o mergulho fica perigoso na praia quando o Rio Negro fica abaixo dos 16 metros.

A medida é temporária e deve durar 90 dias. Além disso, a interdição anunciada nesta segunda-feira vale apenas para o banho nas águas do Rio Negro. O calçadão da Ponta Negra e o passeio na areia permanecem liberados.

O documento aponta que a obra de aterro realizada em 2018 para aumentar a extensão da praia artificial gerou uma superfície irregular.

Com isso, houve um aumento de profundidade em toda a extensão, contribuindo para a elevação do risco para os usuários da praia durante a vazante. Assim, além do fechamento, o SGB recomenda a realização de um estudo geotécnico para avaliar a estabilidade do aterro.

“O nível do rio Negro em Manaus teve uma descida de nível muito acelerada, com redução de mais de 7 metros de coluna d’agua em apenas 20 dias. Quanto mais baixa a cota do rio, menor a distância dos usuários das depressões abruptas”, alertou o responsável pelo laudo.

Praia da Ponta Negra de Manaus

Com acesso gratuito, a Ponta Negra de Manaus é o principal balneário da cidade. A praia pública atrai dezenas de pessoas ao local todos os dias. Nesses períodos de calor intenso – na quarta-feira (27), Manaus registrou a temperatura mais alta do ano – a praia costuma ficar lotada de banhistas.

De acordo com o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), órgão responsável pela gestão da Ponta Negra, durante o verão amazônico, a praia recebe de 3,5 mil a 4 mil pessoas, aos fins de semana.

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