Os motoristas manauaras começaram a semana, nesta segunda-feira (14), abastecendo seus carros com o preço da gasolina mais caro nas bombas dos postos de combustíveis na capital amazonense. A alta levou o Procon-AM a começar o dia realizando blitz em várias regiões da cidade para combater abusos.
Desde o último sábado (12), Manaus já registrava reajuste no preço da gasolina, dez centavos mais caro. Após ser vendida a R$ 6,89 por três meses, o combustível chegou a R$ 6,99.
O último aumento havia sido em julho, quando o combustível subiu R$ 0,60 mesmo com redução no valor de venda da gasolina pela Refinaria da Amazônia (Ream). O aumento ocorreu sem explicações da refinaria e da distribuiudora.
O diretor-presidente do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon), Jalil Fraxe, comandandou a fiscalização hoje de manhã, criticou a falta de transparência nos preços e se queixou da ausência da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“A população não aguenta mais. É preciso uma ação enérgica. A Agencia Nacional do Petróleo tem que fazer uma fisclaização entro da refinaria. É preciso que estejam tidos empenhados. Apenas ao Procon não consegue conter”, reclamou Fraxe, em entrevista para a Rede Amazônica, que acompanhou a fiscalização.
Ainda segundo ele, na última operação do Procon em Manaus foram visitados 100 postos e 80 foram autuados por irregularidades, cerca de 80% dos estabelecimentos fiscalizados.
O Procon-AM não tem contato com a refinarian e distribuidoras, são áreas alfandegadas e regulamentam o mercado de acordo com alta internacional do petróleo, controle de juros e inflaçãoção. “A relação da refinarian e distribuidora é uma relação de mercado e não de consumo dos postos com os motoristas”, esclareceu Fraxe,
“A população já está se saco cheio, é preciso que a ANP esteja mais presente”, cobrou o presidente do Procon-AM afirmando que a agência atualmente não representante na capital amazonense.
Nas bombas os preços do etanol está a R$ 5,05 e do Diesel R$ 6,69, a gasolina aditivada custa R$7,19. No interior do Amazonas, o preço tem o valor agregado a seca e a estiagem severa que impactou a logística de transporte por balsas. Em Pauini, a gasolina custa R$ 9,95 o litro e está em falta. Em Nova Olinda do Norte está R$ 7,50 e em Lábrea, o preço por litro é de R$ 8,20.